quinta-feira, 9 de fevereiro de 2012

" A Um Bem Efêmero "

                                               
                                                Francisco Rodríguez Marin
                                           ( espanhol – 1855 / 1943 )


Oh, inesperado bem que a mim chegaste
como em meu coração te recolheste,
e em eflúvios celestes o inundaste
e num mar de delicias o envolveste ?

Pois que ao teu fogo o meu amor ardeste
por que ao partir ardendo o abandonaste?
Para durar tão pouco por que vieste?
E se quiseste vir, por que o deixaste?

Relâmpago fugaz, oh bem - meteoro
que no céu cintilou! Nem sei se vi
na noite a tua luz. Mal pude ver-te!

Mas a sorte bendigo a não deploro,
pois perdendo-te assim, enfim perdi
essa angústia e esse medo de perder-te.

( Tradução de JG de Araujo Jorge extraído do livro
"Os Mais Belos Sonetos Que O Amor Inspirou"
Vol. II -  1a edição 1966 )

Sem comentários:

Enviar um comentário